Vamos correr em direcção à luz, dizes-me tu, numa profusão de dourados e brilhos fátuos. Tenho que rir de tudo isto, de mim, de ti, desta casa, da bebida, destas pessoas, da Madonna que está ali ao canto com aquele rapaz brasileiro altíssimo que ela adoptou. Fecho os olhos, concentro-me na música, sinto o ritmo, tenho pérolas de suor a nascerem na base da minha nuca, deixo de estar aqui. Up, up and away. Don't tell me love isn't true, it's just something that we do, diz a Madonna, em português do Brasil. Ou será do Brazil? Nunca percebo nada. Os teus olhos são baços, mas maravilhosos por isso mesmo, a falta de vida na tua alma só tem paralelo no excesso de vida do teu corpo. Olhos azuis... A minha perdição, a razão de tudo isto. Inferno e céu, esplendor e miséria. Os corpos abanam-se e abandonam-se ao ritmo destes sons cheio de calor, suor e álcool. Não consigo ser mais que mais um deles. Mas esta noite vais subir comigo ao topo do mundo ou, pelo menos, ao meu apartamento. 4.45 da manhã. Now.
terça-feira, 21 de julho de 2009
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