Conhecemos uma pessoa, estabelecemos uma ligação, pensamos: há aqui uma possibilidade de algo bom, de algo profundo, uma comunhão, possibilidades, mesmo com os escolhos do costume. Digo sempre que o ser humano não se dá bem com o excesso de possibilidades, com o deslumbramento do futuro. Tentamos ter calma, ser racionais, mas não há nada a fazer, o coração lança-se como um louco atrás das possibilidades. Os sorrisos juvenis, as batidas aceleradas, os sonhos acordados. E, de repente, perante todas as possibilidades, quando começamos a pensar que sim, que pode ser, um muro. O meu apareceu-me ontem. As minhas possibilidades de qualquer coisa parecida com um futuro radioso chegaram a uma suspensão clamorosa, inesperada. O teste. Positivo. Disseste-mo noite dentro, voz embargada, cheia de raiva e impotência. Não digas a ninguém, por favor não digas a ninguém, não sei o que fazer com isto. Quando consegui articular as primeiras palavras, os primeiros sentimentos que se fizeram carne e viveram foram: não muda nada entre nós, o que dissemos, o que fizemos, tudo continua a fazer sentido para nós dois. Apenas temos outro elemento na nossa equação. Trataremos dele juntos. Dizes-me que tens medo. Também eu. Mas o medo dividido por dois é mais fraco. Combatê-lo-emos juntos. Venceremos. Acredito em muitas coisas, umas relevantes, as outras nem por isso, mas acredito acima de tudo na força que temos para superar estes muros que nos aparecem no caminho. Juntos. Os teus olhos verdes juntos dos meus. Só isso interessa. Só isso é importante. As nossas possibilidades serão decididas por nós a partir de agora. Juntos.
sábado, 18 de julho de 2009
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A vontade transpõe quase todas as barreiras. Perigoso nesta equação costuma ser o egoísmo. The best of luck.
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