sábado, 5 de setembro de 2009

Z-Day Special

HAPPY BIRTHDAY BABY!!!!!!

YOU ROCK MY WORLD!

LUV YA LOTS!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hand on the Trigger

Madonna: Triggering Your Senses

Listen to the Lady, she knows the drill...

domingo, 16 de agosto de 2009

Mustangge

- Fomos felizes?
- Que disparate. Claro que não.
- Nunca?
- Sabes bem que não.
- Não te parece estranho?
- Nós os dois? Nada mesmo.
- Penso que te amei.
- Era só o que me faltava.
- Porquê tanta surpresa?
- Tu nunca me amaste.
- Como podes ter tanta certeza?
- Porque somos iguais. Não amamos ninguém. Não somos capazes disso.
- Não diria tanto.
- Amar alguém implica ser feliz. Não sabemos como ser felizes.
- Eu sou feliz.
- Não és nada. Pára de dizer disparates.
- Sou giro, sou novo, sou elegante, tenho dinheiro...
- Naturalmente. O que tem isso a ver com felicidade?
- Já é alguma coisa.
- Não me fodas. Estás com os copos.
- Quandos nos beijamos debaixo do azevinho, naquele Natal...
- Querias foder comigo, não tem nada a ver com amor. Bebeste demais.
- Não fodemos nessa noite.
- Os dois não.
- Ah, é verdade...
- Pois...
- Porque é que nos juntamos, sendo assim?
- Por preguiça, acima de tudo.
- Que tristeza.
- Nem por isso, há razões piores.
- Quem traiu primeiro?
- Não sei e não me interessa.
- Tens mais dinheiro que eu.
- Sim. E então?
- A minha família existe há mais de quinhentos anos.
- E isso significa que...
- Tens uns olhos lindos.
- Foi a primeira coisa que me disseste.
- E depois?
- Fomos para a cama.
- Foi bom?
- Penso que sim.
- Eu também.
- Não me sinto bem.
- Não estás com bom aspecto.
- Acho que vou vomitar.
- Para variar...
- Ajudas-me?
- Não. Gosto de te ver assim.
- Que maldade.
- Vai-te foder.
- Amo-te.
- Naturalmente.
- Vou vomitar.
- A varanda é já ali.

Noite. Palazzo. Festa. Outra vez.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Et pour cause...

Donna Summer: I Feel Love

... And then, there was Light and the world has never been the same again...

Guilty Pleasures

Malcolm McLaren & The Bootzilla Orchestra: Deep In Vogue
Mike Oldfield: Guilty (Extended)
Gonzales feat. Feist: Let's Ride
Pet Shop Boys: I Don't Know What You Want But I Can't Give It Anymore (Album Version)
Will Young: Love
Jamiroquai: Blow Your Mind
Mariah Carey: I'll Be Loving You Long Time
Madonna: Don't Stop
Janet Jackson: Young Love
Lisa Stansfield: Never, Never Gonna Give You Up
Lisa Scott-Lee: Give You My Love
Kylie Minogue: Spinning Around
Jimmy Somerville: Too Much Of A Good Thing
George Michael: Outside
Scissor Sisters: Filthy/Gorgeous
Bananarama: Give It All Up For Love
Hercules & Love Affair: You Belong
Alison Moyet: Whispering Your Name
E a noite transforma-se em dia e o dia em espectáculo dourado de loucura e decadência e amor. Esta noite dança-se... We are the stars of the fireworks.

Skin

Kylie Minogue: Butterfly (Light Years, 2000)

A pele, senhores, ainda e sempre a pele...

Peruggya

Um beijo é apenas isso e nada mais. Não vamos estragar a nossa amizade por causa de sexo. Prometo que não me venho na tua boca. Yeah. Está-se mesmo a ver. Mas não me apetece rir. Toda a gente já disse tudo isto um milhão de vezes. Estou a arder por dentro. Qual é a novidade? Não me dizem? Raios partam. Mas, mesmo assim, a noite está maravilhosa. Uma leve névoa cobre a superficie do lago, ouvem-se risos, cheira a dinheiro. A lua está perfeita. Sophia, Gianlucca, Elisavetta, Anna, Dario, Francesca. Estão todos aqui, bem vestidos, bem perfumados, bem bebidos, bem drogados, com a felicidade possível nesta Villa do século XVI à beira do lago. Ali ao lado é a casa do George Clooney. Fuck That. A água faz barulhos estranhos quando bate no embarcadouro de pedra. O champagne está a fazer-se ouvir no fundo do meu cérebro. O meu cérebro. Um prodígio de resistência. Esta manhã bati com o Saab descapotável da Elisavetta numa grande árvore. Ficamos os dois levemente feridos. Ela riu muito, despenteada, com os belos dentes brancos manchados pelo sangue resultante da ferida no lábio. Eu saí do carro e desatei ao gritos. Ela parou de rir e olhou para mim durante uma imensidão de tempo. Depois chorou compulsivamente durante cerca de dez segundos e meteu duas linhas de coca. Quanto a mim, corri que nem um homem possuído pelo campo fora até tropeçar e desmaiar no meio da erva alta. Agora estou a beber champagne, meio coxo, todo arranhado, na Villa à beira do lago. A Elisavetta está maravilhosa, como se não se tivesse passado nada e olha para mim com um sorriso que inclui ternura, compaixão e medo. Ergo o copo e esvazio-o. Estou tão cheio de comprimidos que me sinto a flutuar. Não conheço a música que está a tocar no salão dourado do primeiro andar e não quero saber disso para nada. Não há vivalma na casa do George Clooney. Quando tu chegas, começo a vomitar para as águas do lago. Alguém acha imensa piada e ri alarvemente. Ah, sou eu. Okay. Let the games begin. Cheers!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bubble

your tears mean nothing to me, baby.

The Show

Lucifer manda no mundo. Mas eu sou um filho dilecto. Oh yeah. Hey Mr. Euro come down to earth and lay your hands on me. Assim mesmo, está calor e quero que me aconteça alguma coisa brilhante. Bang bang. Hey Mr. Smile and Style I love that shiny suit, aquele vermelho que vestiste na noite da chuva ácida sobre as nossas cabeças, numa ilha no meio de lado nenhum. I meant to get one just like that but I must've took another route, yeah? Estás a ver, it comes into your head. Tenho que me rir. Amanhã? Como sempre, meu caro, you stick it in your hat you shout 'Attack! Attack! Attack!' and cannot be grounded. Ah! well... hey Mr. Make and Break do you know what it means to live your life lookin' out of a can of beans? Queres mesmo saber? Mesmo? Sou um armário de adjectivos. O que faria eu sem o teu toque? It comes into your head you stick it in your hat you shout 'Attack! Attack! Attack!' (and don't look back) you know the score. Está a apetecer-me ser medieval. Não te rias. Sabes como eu sou, rise up above us all you're on a role, a role, a role, and cannot be grounded shout! Shout! Shout! All lookout! Out!Out! Out! Out! Shout! Shout! Shout! Hit the ground down, down, down, down. Ouve o que eu te digo, baby, sabes que tenho toda a razão do mundo. I said hey Mr. Universe, God knows where you've been. Onde está a surpresa? Diz-me! I can't relate to a single thing in your glossy magazine. Olho, páro, sorrio, devolvo a brincadeira. Não é sempre assim? It comes into your head, you stick it in your hat you shout 'Attack! Attack! Attack!' (and don't look back). Não olhes assim para mim, you know the score. Faz o que te digo, como sempre fizeste, rise up above us all, you're on a role, a role, a role and cannot be grounded e é isso que me deixa feliz e com a sensação de que nem tudo está perdido, certo? Come on and enjoy the show...

Superduperpinkyflabbybubblyohmygod!

No one said it would be easy. But do we look good...?

Let's Go All The Way

Behaviour.

Animalia

BearBearBearBearBear

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Psyche

Está decidido. Monteverdi, Händel, Vivaldi e Bach. O resto é paisagem.

Mantra

"Não tenho disponibilidade mental para ser querido o tempo todo..."
DS Dixit.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

I don't do Rock...

... Mas isto é já outra dimensão da coisa...

E o que é aquele senhor lá atrás...?

Placebo: Battle For The Sun (Optimus Alive '09)

Gone Again

Kansas City é o fim da linha. Gosto de saber com o que posso contar. O que faria sem o teu toque? Sei que estou leve, pálido, sem vida e sem saber porque é que tudo isto me parece ser tão pouco importante. Vem comigo. A minha promessa é o mundo. Sei que posso fazer isso. Sei que não é pouca coisa. Os raios que vão fulminar os malditos vêm com todos os fogos do inferno e serão exemplares. A minha justiça é perfeita. Tal como a minha carne. South Central ontem à noite. Low Riders on the storm. Não me façam rir, meus lindos. Trash. Amor. Jornal da tarde. Princesas da Disney. Moedas a tilitar dentro de bolsos escuros. Pick-ups pretas. Mulheres louras. Quero saber mais. Quero fazer menos. Quero poder até não poder mais. Já não está ninguém aqui. Ranger Rover. Lotus Europa S. Que se foda o respeito pelos mais velhos. O cavalo salva. O Papa é alemão e usa sapatos Prada. Será o fim dos tempos? Couldn't care less.

Just Dance

David Guetta feat. Kelly Rowland: When Love Takes Over (One Love, 2009)

Because it's summer, damn it!

ThirtySeven


Happy Fucking Birthday, green eyes! Together to the End!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Il Parlamento Degli Angelli

At the gates of Heaven's graces.

Veuve

- Jennifer.
- Angelina.
- Bentley.
- Aston Martin.
- Piaf.
- Baker.
- Range.
- Cayenne.
- Law.
- Bloom.
- Deneuve.
- Moreau.
- Tchekov.
- Turgueniev.
- Merc.
- BM.
- In.
- Out.
- Ellis.
- McInerney.
- Erotica.
- Confessions.
- Prada.
- Gucci.
- Muller.
- Patek.
- La Vie En Rose.
- Love Me Tender.
- Walther.
- Beretta.
- Coppola.
- Scorcese.
- Steiner.
- Deleuze.
- Isso não faz sentido.
- Que se foda.
- Mais um copo?
- A Viúva.
- Naturalmente.
- Stone?
- Stone.

S/U/M/M/E/R/S/O/U/N/D/Z

Frankmusik: Confusion Girl (Complete Me, 2009)

Right on.

Berlin Zeit 1

Foi estranho. Menos de 5 minutos em Berlim, dentro do táxi, a meio do Tiergarten e já eu proclamava a quem quisesse ouvir: Adoro esta cidade! Já fui a muitos sítios neste mundo e nunca tal me tinha acontecido, empatia instantânea! Quando cheguei ao hotel já estava capaz de me mudar para lá. O que é Berlim? Uma cidade com muitas cidades, uma cidade com tempo, uma cidade com silêncio, uma cidade com verde, uma cidade com o mundo lá dentro. Sem pressas. Com gosto de viver. Com cores. Com cheiros e sabores de todo um mundo que é cada vez mais pequeno. Uma cidade de andar a pé, de avenidas e esplanadas, de novo e antigo, um imenso estaleiro que está a transformar um presente incerto num futuro que se quer radioso, todo ele vidro e aço, coabitando alegremente com palácios neoclássicos e heranças desconfortáveis de um passado recente, mas ainda muito vivo. Adoro Berlim. As avenidas, os parques, as ruas e os bairros que aparecem onde menos se espera e nos mostram tesouros de cultura, de vida, de experiência. Acima de tudo, Berlim tem espaço, muito espaço, não há filas, não há metros cheios, não há buzinas, e até os turistas parecem entrar neste estado quase zen de espírito em que nos deixamos ir e nos tornamos indolentes e olhamos para todo o lado com uma infinita bonomia... E depois entramos em Kreuzfeld, em Neukoln, na Oderbergerstrasse, na Bergmannstrasse e pensamos: eu seria tão feliz aqui... E foi isso que trouxe de lá, um desejo, uma possibilidade de ser feliz naquela cidade onde tudo acontece sem quase se dar por isso. É o centro de uma Europa multicultural, sem fronteiras, onde passado, presente e futuro se misturam alegremente e onde a crispação inerente a todas as forças que entram no compita serve como força motriz para que se avance em direcção a não se sabe bem o quê... Uma semana soube a pouco, porque se vi todas as capelinhas turísticas e algumas surpresas, bem, quero agora voltar para ver o resto, com tempo e com gosto. E terei que reflectir sobre a presença absoluta daquele Muro que continua a ser um marco inescapável da arbitrariedade humana e que continua a marcar a paisagem da cidade. Mas até esse muro é hoje algo de belo e que serviu como símbolo da reconstrução e da paz que os alemães fizeram consigo próprios, essa capacidade que eles têm como ninguém. Ich bin ein Berliner? Sem qualquer sombra de dúvida.
Dois lamentos: o edifício do Siza, o "Bonjour Tristesse", foi uma profunda desilusão e as bolas de Berlim, onde estão...?

sábado, 25 de julho de 2009

Berliner

E pronto, as malas estão feitas e lá vou eu para a teutónica capital germânica...
Uma semana que me vai saber como o verdadeiro soro da vida.
Estarei de volta, revigorado e maravilhado, no dia 1 de Agosto.
Auf Wiedersehn!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Prodigious

A partir da Cinematic Orchestra, este prodigioso exercício visual publicitário.

Grande Shweppes... Assim, vale a pena!

Bedtyme Story

Vamos correr em direcção à luz, dizes-me tu, numa profusão de dourados e brilhos fátuos. Tenho que rir de tudo isto, de mim, de ti, desta casa, da bebida, destas pessoas, da Madonna que está ali ao canto com aquele rapaz brasileiro altíssimo que ela adoptou. Fecho os olhos, concentro-me na música, sinto o ritmo, tenho pérolas de suor a nascerem na base da minha nuca, deixo de estar aqui. Up, up and away. Don't tell me love isn't true, it's just something that we do, diz a Madonna, em português do Brasil. Ou será do Brazil? Nunca percebo nada. Os teus olhos são baços, mas maravilhosos por isso mesmo, a falta de vida na tua alma só tem paralelo no excesso de vida do teu corpo. Olhos azuis... A minha perdição, a razão de tudo isto. Inferno e céu, esplendor e miséria. Os corpos abanam-se e abandonam-se ao ritmo destes sons cheio de calor, suor e álcool. Não consigo ser mais que mais um deles. Mas esta noite vais subir comigo ao topo do mundo ou, pelo menos, ao meu apartamento. 4.45 da manhã. Now.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Miracles Happen

Clouds drift away

when they see you

Rain wouldn't dare

to fall near you here

Miracles happen

when you're around

Somehow the grass is much greener

Rivers flow faster and cleaner

Being with you

no matter where

sunlight breaks through

and suddenly there's

A bluer sky

whenever you're around

You always bring

a bluer sky

a brighter day

Thunder is silent before you

Roses bloom more to adore you too

Miracles happen

when you're around

The sunset is deeper and longer

The scent of the jasmine is stronger

Stray dogs don't bite

Birds start to sing

Lightening daren't strike

You suddenly bring

A bluer sky

whenever you're around

You always bring

a bluer sky

a brighter day

Birds fly

even higher in the sky

Sun shines

It's a new day

Pet Shop Boys: Miracles (PopArt, 2003)

A Season in the Sun

God rest ye merry gentlemen...!

domingo, 19 de julho de 2009

Mysterion


I Who Am Not Who I Really Am

Imperial

Sabes que sim. Sabes que sim. Sabes que sim. Sabes que sim. Cuspo-te em cima. Bebes todo o dia como uma viúva rica. Eu não mudei, continua uma parte de mim a fingir que é o todo. Consegues ver realmente no interior desses lugares escuros onde os meus próprios olhos procuram guiar-me em vão? Sabes o que se passa nesses lugares secretos do meu espírito onde antes te sentias tão à vontade? Ainda? Ainda consegues? Ainda queres? Sabes que sim. Sabes que sim. Sabes que sim. Sabes que sim.

sábado, 18 de julho de 2009

Tonight We Cry

The Cinematic Orchestra feat. Patrick Watson: To Build A Home (Ma Fleur, 2007)

Porque no meio de toda a incerteza, só a beleza importa.

Green Eyes

Ultrabeat: Pretty Green Eyes

O futuro constrói-se todos os dias.

Heart of Hearts

Conhecemos uma pessoa, estabelecemos uma ligação, pensamos: há aqui uma possibilidade de algo bom, de algo profundo, uma comunhão, possibilidades, mesmo com os escolhos do costume. Digo sempre que o ser humano não se dá bem com o excesso de possibilidades, com o deslumbramento do futuro. Tentamos ter calma, ser racionais, mas não há nada a fazer, o coração lança-se como um louco atrás das possibilidades. Os sorrisos juvenis, as batidas aceleradas, os sonhos acordados. E, de repente, perante todas as possibilidades, quando começamos a pensar que sim, que pode ser, um muro. O meu apareceu-me ontem. As minhas possibilidades de qualquer coisa parecida com um futuro radioso chegaram a uma suspensão clamorosa, inesperada. O teste. Positivo. Disseste-mo noite dentro, voz embargada, cheia de raiva e impotência. Não digas a ninguém, por favor não digas a ninguém, não sei o que fazer com isto. Quando consegui articular as primeiras palavras, os primeiros sentimentos que se fizeram carne e viveram foram: não muda nada entre nós, o que dissemos, o que fizemos, tudo continua a fazer sentido para nós dois. Apenas temos outro elemento na nossa equação. Trataremos dele juntos. Dizes-me que tens medo. Também eu. Mas o medo dividido por dois é mais fraco. Combatê-lo-emos juntos. Venceremos. Acredito em muitas coisas, umas relevantes, as outras nem por isso, mas acredito acima de tudo na força que temos para superar estes muros que nos aparecem no caminho. Juntos. Os teus olhos verdes juntos dos meus. Só isso interessa. Só isso é importante. As nossas possibilidades serão decididas por nós a partir de agora. Juntos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Electrolicious

Filthy Dukes feat. Tommy Sparks: Messages (Nonsense in the Dark, 2009)

O prazer, quando é sintético, é sempre melhor...

Berengaria

Talvez seja por causa de "New Year Storm" de um inglês chamado Clark. Talvez. Também pode ser porque é sexta-feira à noite e não há nada para fazer em Londres. Talvez. Excesso de bebida. Demasiada droga. Também. Ou se calhar por pura maldade. Mas também não é importante. O que interessa é que, a certa altura da madrugada, numa das cabines do Allure, alguém diz algo como Apetece-me bater em pretos. Silêncio. Ou monhés. Sorrisos. Objecções: O Leon é preto. E o Ali é monhé. Sim, mas esses não contam, o Leon conduz um Jaguar e o Ali tem metade de todo o alumínio do mundo. Pois. Quero dizer os outros, marginais, drogados, esses. Mas nós também somos um bando de drogados. Meu caro, tu tens um Aston Martin estacionado lá fora e o teu relógio dá para comprar um pequeno país africano, estás a perceber? Tudo bem. Uma francesa chamada Yelle canta uma canção chamada "À cause des garçons" quando deixamos o espaço retro-futurista maximalista perto de Hoxton Square. Por qualquer razão, um de nós tem um bastão de basebol na mala do Bentley Continental GT e aparecem armas de todos os lados. Qual a vantagem de ser um drogado rico? Ter um dealer capaz de satisfazer as nossas necessidades, naturalmente. Quais Cavaleiros do Apocalipse, vestidos de Dolce & Gabbana e Tom Ford, a beber vodka russo de garrafas de prata do século 18, percorremos a cidade. Ouvimos grime e parecemos alheados. Após algumas voltas, atraímos atenção suficiente para sermos tomados como alvos. Começa a festa. O Jamie e o Piercarlo atropelam um negro enorme vestido de dourado com o Mercedes ML 500. O tipo é projectado pelo ar e fica estatelado no meio da estrada. Não acontece nada. O Mercedes volta a passar por cima do tipo, com um solavanco seco. Só para terminar, marcha-atrás, novo solavanco. O Piercarlo dá uma passa no Marlboro e deixa-o cair em cima do tipo. Seguimos. Daí a pouco, parados à beira de uma rua, somos abordados por um outro tipo que nos quer impingir uma droga qualquer, obviamente de má qualidade. Recebe uma bastonada no crânio que o deixa imóvel. Vigarista, diz alguém. Não interessa porque a seguir uma garrafa de vodka é desfeita em mil pedaços que se espalham pelo ar, reflectindo as luzes dos néons, e é enterrada no rosto de um puta qualquer que por ali aparece aos gritos. Fumo um Dunhill, com as mãos cheias de sangue e volto a pegar no bastão, acertando numa forma humana que se materializa à minha frente vinda de lado nenhum. De dentro do jipe, chega o som de uma música chamada "Divebomb" de uns tipos ingleses com o nome de The Whip. Parece-me adequado. Correntes, soqueiras e outras formas de armamento muito arcaicas fazem a sua aparição. A cena é bela, há carne, há suor, há sangue, há clamor, há boas roupas, há boas maneiras. E isso é tudo o que importa. O Jamier grita Matem-me estes filhos-da-puta e nós obedecemos, afinal é para isso que servem os amigos. A Francesca liga o Mercedes e aponta a dois tipos de turbante que estão encostados a uma parede, já cheios de sangue. A grelha frontal cromada do ML500 faz o resto. Faço-lhe uma vénia e ela agradece, com um sorriso. O Piercarlo ri muito alto, com os olhos injectados de sangue. Tem o fato Gucci amarrotado e cheio de sangue. Mas consegue ter bom aspecto. Aparecem mais dois tipos pretos que olham para aquele cenário e desatam aos berros. Olhamos uns para os outros, encolhemos os ombros e desatamos a correr como se estivessemos possuídos por um demónio de muito boas famílias. O jipe descola da parede e dos restos dos turbantes, com os pneus a chiar no alcatrão e aponta para o lado oposto da rua. Quando amanhece, estou a beber chocolate quente na varanda com vista para o Tâmisa, enrolado num roupão Calvin Klein de algodão branco. Lá dentro, os Supreme Beings Of Leisure cantam The Angel In Your Head e eu sorrio. Estou cansado, dorido, ainda tenso, mas assim é a vida. O Leon chega mais logo de Nova Iorque com a namorada sueca.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Speed

Hoje peguei no meu carro, fui para a auto-estrada e conduzi a 193 km/h. Depois voltei para casa. Não sei explicar porquê. Mas soube-me pela vida.

Electrolicious

Tiga: Shoes (Ciao! 2009)

Porque o tempo passa e este pedaço de alegria sintética continua sem dar sinais de se deixar abater...

Godlessness

Sabes que sou eu. Nada podes fazer quanto a isso. Não quero saber de ti para nada. Todo eu sou clamor e fúria e desejo inflamado e possibilidades infinitas. Sabes que se pode morrer por excesso de escolha? Para o caralho, minha querida. Há já muito tempo que não consigo sair desta merda. Nunca o quiseste fazer, como bem sabes. Podia matar-te agora mesmo. Claro que podias, mas e depois, o que seria da tua patética vidinha? A cidade está quente, as pessoas estão dispostas a tudo, porque é Verão. Ainda bem. Tenho fome esta noite. Olho em meu redor. Outros olhos olham para os meus olhos. Será que estão a ver aquilo que deviam? Penso que seria melhor para toda a gente que fosses para casa. Now? The fun is just beginning, baby. E porque não há-de ser assim? Tu. Tu. Tu. Tu. Tu. Tu... Tenho droga, bebida, casa, carro e estou disposto a tudo. Chega? Tenho que sorrir. Claro que chega. É Verão, está calor, a noite é ainda uma criança. A carne fresca tem um aroma inebriante que me empapa os sentidos. O mundo passa a ser um enorme campo de caça e as armas, meus queridos, sou eu que as tenho. E sei usá-las como ninguém. Olhas para mim, copo de vodka na mão, vestido Gucci preto apertado, uma visão de beleza pura e apenas consigo pensar sai daqui, sai daqui, sai daqui. O teu sorriso diz-me que sabes o que estou a pensar. O Dennis Cooper diz que o sexo é morte. Começo a acreditar que sim. Mas não a minha. Já vivi demais para isso me acontecer. A juventude faz isso muito melhor. Morrer. Ninguém morre como um corpo jovem. O vosso deus a isso obriga. Sexo. Sangue. Carne. Prazer. Música. Vertigem. O meu coração dispara. É assim mesmo. É a faca que corta o ar e corta a carne e corta a vida. É o meu sorriso que faísca quando o crucifixo de prata do século 17 se tinge de vermelho. É a Cecilia Bartoli que abafa os gritos da carne jovem a ser levada para o sacríficio. Imolada. Imaculada. Perfeita. Fecho os olhos, saboreio a vitória de Pirro, adio a minha derrota mais uma vez. Lá fora ainda é noite. Lá fora, o mundo não sabe. Aborreço-me rapidamente e vou à minha vida. O Bentley espera e a máscara cria-se de novo. Estou de volta. Estou a ficar bom nisto. Estou morto. Estou vivo. Estou aqui. Tudo isto porque sim. Porque gosto. Porque é Verão.

You Love Me, You Really Really Love Me!

Excelente maneira de começar o dia! Saber que se ganhou um Prémio!

Agradeço à Academia e aos seus membros a tremenda Honra!

E esta distinção é especialmente importante porque vem de quem vem e porque, de certa forma, este blogue significa um renascer da minha pessoa numa forma mais positiva e pronta a enfrentar o mundo, venha o que vier!

Cheers e obrigado, Paulo (e Zé)!

Agora vou deixar a comoção tomar conta de mim...

terça-feira, 14 de julho de 2009

IST Infernal Sound Track

Motor: Unhuman

Did you not believe it...?

pUNCH fUCK

Tenho algo que nunca poderás ter. Isso não me interessa para nada. Os Motor tocam uma canção chamada Unhuman que faz tremer as paredes e reverberar as entranhas. O meu punho faz as honras da casa na tua carne. A tua dor, o meu prazer. Tenho algo que nunca poderás ter. O teu sangue é belo e quente, a minha força vem de algum lugar infernal dentro de mim. Barulho. Barulho. Os teus gritos soam celestiais contra as máquinas dos Motor. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Bang. Unhuman. Cá está. Assim é que é, minha coisa mais linda do mundo. Respiras? Bang. Bang. Bang. Bang. Fuck, yeah... Unhuman.

L'Amour Malgré Lui

Baby's Got Green Eyes...

Electrolicious

Little Boots: Stuck On Repeat (Hands, 2009)

Perfeição absoluta.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

L'Allievo

Beijas-me. Desprezo-te. Bebo champagne. Rasgas a minha roupa. Empurro-te. Cais e olhas para mim. Dou uma gargalhada e cuspo o líquido dourado para a tua cara. Amas-me, portanto. Vai-te-foder. Derrubas-me. O teu punho abre-me o lábio. O copo parte-se contra o chão de mármore negro. Vou dar cabo de ti. O sangue escorre para o tapete branco e para o meu peito. Levo-te pelos cabelos até ao quarto. É assim que vai ser? Os lençóis de linho branco ficam vermelhos. Outro punho no ar. Mais vidros desfeitos. Mais sangue. Agora teu. Parece-me justo. Cuspo vermelho. Pontapeias-me no ventre. Não consigo respirar. Ouço-te rir. Não vejo nada. Não sinto nada. Michael Nyman a tocar algures. Fecho os olhos, ergo-me. Empurro-te contra o espelho veneziano. Banda sonora de Prospero's Books, 1991. Corro pela escada em arco. Abro a porta. Segues-me. Está frio. Uma vertigem. Olho para trás. Não vejo nada. Não ouço nada. Mentira. Nyman a tocar. Balanescu Quartet. Estás à porta. Tens sangue. Não sorris. A mão que se agarra à porta deixa um rasto vermelho na parede branca. Recuo até ao Bentley descapotável. Páras. Entro no carro. Levantas os braços. Não quero saber. Faço o Bentley esgravatar o cascalho da entrada e embater no Mercedes CL600. O teu Mercedes CL600 novo. Não ouço o Nyman. Apenas os 560 cavalos do Bentley a resfolegarem, apontados a ti. Deus não é bom e eu também não. Não vejo o teu rosto quando o Bentley entra pela tua sala dentro como um ariete desgovernado. Quero gritar. Já chega. Suponho que te amo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Electrolicious

La Roux: Bulletproof (La Roux, 2009)

E, de repente, o electropop torna-se carne e vive.

Outro grande disco para este ano.

The Long Arm Of The Law

"Jesus, Maria e José....!"
DS Dixit

From This Moment On...

... I flip and I flop...

A Faerye Eve

Hoje passo a primeira tarde em casa, o primeiro cheiro a férias. Otium. E o que faço?
Ouço Purcell na Antena 2... Será da idade?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Your X is Equal to my Y

Little Boots: Mathematics (Hands, 2009)

Um dos melhores discos que ouvirão todo o ano.

We Are The Stars Of The Fireworks

Os meus pés afundam-se no tapete fofo que cobre a sala com vista para o rio, o sol a desaparecer lá fora, um cobre malsão a estender o seu domínio sobre mim. Estou parado, copo na mão, no meio daquela divisão estranhamente calma, rodeado de coisas belas, envolvido em silêncio. Tremo e não me mexo. O meu cérebro ribomba, sob milhares de pés de soldados a marchar sem misericórida. Sinto que posso desfazer-me a qualquer momento. Lá fora está a cidade, as pessoas, os carros, a vida. Não consigo pensar nisso, agora não. Agora não. Estou doente, tenho que estar longe das coisas e das pessoas, porque lhes poderia ser fatal. E elas a mim. A cidade é bela, as pessoas também e eu já fui belo. Nada mais resta. O meu sangue está doente, é veneno e condenou-me a esta gaiola dourada. Para quê ser Deus se estou longe da minha Criação? Brilhos, luzes, gritos, pele, dor, prazer, fome, vertigem, amor, frio, tudo isso já não me pertence. Sou um espectro, um resto no alto da minha torre de vidro e aço sobre a cidade. Flutuo sobre o tapete branco, o copo escorrega dos meus dedos e espalha o seu conteúdo vermelho sobre o pêlo alvo, manchando-o, uma mácula que podia ser minha. Não consigo respirar, tudo é negro à minha volta. Música, por favor, música, preciso de música, não posso não estar a ouvir música. Não suporto o silêncio. O silêncio é fatal. Fatal. Fatal. Preciso de luz, de cor, de som, de fúria. Mas só tenho silêncio. Silêncio negro, pesado, inescapável. Porque não posso correr lá para fora? Abrir as janelas, escancarar as portas, correr... sim, correr! Dói-me o peito, uma vertigem toma conta de mim, sinto o tapete fofo e branco junto ao meu rosto. Era uma vez um dia de sol e eu estava no meio de um campo florido, num verão perdido no tempo, vestido de branco, a beber champagne e a comer morangos. Estavas comigo e sorrias, na sombra de uma árvore frondosa. O mundo era grande e belo e cheio de possibilidades. Todas as possibilidades do mundo. Demasiadas possibilidades. Nunca se devem dar demasiadas possibilidades ao ser humano, acaba sempre por ser fatal e destruir o pouco que conseguimos criar. Os teus olhos eram azuis e o teu sorriso era alvo e confiante. A tua pele, a minha casa; o teu cheiro, o ar que respirava. Nesses teus lábios me fiz pessoa, completo e absoluto. E foi a ti que abri o meu coração e dei a minha perdição. Os fogos que vimos no céu passaram para os nossos corações e tornaram-nos monstros que quiseram mais e mais até nada sobrar dos teus olhos azuis e do teu sorriso alvo. À minha frente, o tapete branco e fofo estende-se como um deserto impossível de atravessar. Os fogos que vimos no céu passaram para o meu coração e já nada resta. Não vou morrer agora, tenho perfeita consciência disso, seria fácil de mais. Lá fora é de noite e o meu sangue venenoso escorre lentamente para fora de mim. Amei-te. Só isso valeu a pena. Adeus, por agora.

Decision Tyme

Apesar de tudo, foi melhor assim, antes agora que mais tarde. Prefiro a liberdade que sinto neste momento. Nem é difícil de entender, pois não?

sábado, 4 de julho de 2009

K Day!

Kylie X Tour 2009

Lisboa, 04/07/2009

Adivinhem quem vai lá estar...?

Can't Get You Out Of My Head.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

State Of Play

John Barrowman: What About Us (Music Music Music, 2008)

Não consigo parar de ouvir esta música...

Terei achado a nossa canção...?

domingo, 21 de junho de 2009

Because

Empire Of The Sun: We Are The People

(Walking On A Dream, 2009)

Como uma excelente canção pode significar tantas coisas diferentes para tantas pessoas diferentes, e sempre em bons...

Um dos momentos pop de '09.

Enjoy!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Kultur...

SummerStorm: Isto parece-me a Cavalgada das Valquírias...
A: Sim, tenho uma wagner ideia disso...
Zeitgeists are notoriously difficult beasts to catch...

Ha...nus?

Beyoncé: Baby, I can see your halo...
A: Baby, I can see your anus...
et pour cause...

sábado, 6 de junho de 2009

Words Of Wisdom

"Life is too short to drink bad wine"
Courtesy: Serigaita L.

Moment

Kings Of Leon: Use Somebody (Only By The Night, 2008)

Welcome back, A.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Não são palavras


"LUZ BRANCA PARA O MUNDO!"
DS Dixit

terça-feira, 2 de junho de 2009

Weirdolicious

Patrick Wolf: Hard Times (The Bachelor, 2009)

Funny enough, it's really quite good...

Thanks S.

The Words

I'm going to be happy. I'm going to skip. I'm going to be glad. I'm going to smile a lot. I'm going to be easy. I'm going to count my blessings. I'm going to look for reasons to feel good. I'm going to dig up positive things from the past. I'm going to look for positive things where I stand. I'm going to look for positive things in the future. It is my natural state to be a happy person. It is natural for me to love and to laugh. This is me.

Homonymous

Rex The Dog: I Can See You, Can You See Me?

(The Rex The Dog Show, 2009)

Woof?

First Honours

Tiga: Shoes (Ciao! 2009)

Moments of Pleasure...

New Life

Bright sunny days ahead.